Grand Bazaar
ro segundo post dessa categoria, escolhi outra banda que fez uma apresentação sensacional no último Psicodália: Grand Bazaar.
Mas não quero falar sobre o show do Psicodália, quero falar sobre o show deles em Joinville, há dois dias que, pra mim, foi tão bom quanto. Talvez até melhor, pois pude aproveitar o show inteiro bem de perto, vendo o quanto cada um dos integrantes é um músico sensacional.
Vou voltar ainda mais na história e ir lá pro final de abril, quando eu estava ouvindo mais uma vez o álbum Grand Bazaar II (Deezer / Spotify) e na música Bondapest, essa que está aqui no post mesmo, eu tive uma breve epifania.
Fui até o Facebook e adicionei André Vac (bandolim, rabeca, guitarra e voz), compositor dessa faixa. Mandei uma mensagem agradecendo pelo show no Psicodália e também comentando sobre a belíssima faixa que é Bondapest. André foi muito gente boa e me respondeu dizendo que em breve eles viriam para o sul mais uma vez e iriam tocar em Joinville. Fiquei muito animado com a notícia, marquei na agenda e contei os dias até o show.
Estava ansioso também porque imaginei que viriam com uma formação diferente da do show do Psicodália, onde não estavam Guilherme d`Almeida (baixo) e Gabriel Basile (bateria), ambos também são integrantes d’O Terno que, como já descrevi em alguns posts aqui (Melhor do que parece / Segundo dia da viagem do Vale Europeu), é minha banda mais ouvida dos últimos tempos.
Enfim chegou sexta-feira e eu, Bruna, Lari e Tuany fomos rumo ao Sesc Joinville. A banda Bendito Bem fez o show de abertura e às 21h Grand Bazaar entrou no palco e deu início a um show que certamente lembrarei por muito tempo.
Eles tocaram músicas dos dois álbuns e também alguns blocos de músicas tradicionais de outras nacionalidades. Durante o show, me levantei já na primeira música e fiquei pulando de canto em canto, buscando ângulos pra fazer algumas fotos. Parei pra observar cada um dos músicos e posso garantir que fiquei emocionado com a presença de palco de todos.
Pode ser puxa saquismo de um fã? Pode, mas afinal de contas, o A Natureza Humana é feito pra ser assim, isso não é um relato jornalístico ou técnico do show, isso é sobre a nossa experiência lá.
Gabriel Basile toca sua bateria com uma facilidade e um “que” de sutileza que é simplesmente contagiante. Deu também sua contribuição no microfone e se dirigiu a plateia com muito humor e sentimento, atitude essa que eu já tinha notado em alguns vídeos. Vê-lo ao vivo ao lado de Guilherme d`Almeida matou um pouco da minha ansiedade por um show d’O Terno, mas sigo aguardando o anúncio de uma nova turnê deles aqui pro sul. Guilherme também se pareceu muito com a figura que eu imaginava, um pouco contido nas performances no palco e dono de uma habilidade sensacional com seu baixo.
Nos metais, Filipe Nader e João Batista, que, além de tocarem seus saxofones com maestria, dançaram e pularam praticamente o show inteiro. Na sanfona, Pedro Guimarães, com uma postura mais contida e concentrada, mas que nos envolvia com a emoção dedicada às puxadas no fole. Por fim e não menos importante, André Vac: vocalista, multi-instrumentista e dono de um carisma gigante, envolveu o público com humor e emoção.
No fim do show quis agradecê-los e obviamente fiquei envergonhado. Não quis tietá-los muito, mas troquei poucas palavras com todos e eles foram muito simpáticos. Voltei pra Jaraguá pensando nessa relação meio maluca de fã/ídolo e rindo do quão nervoso fiquei quando estava conversando com eles. E se vocês estiverem lendo isso aqui, queria aproveitar pra dizer que foi um prazer colocar o fone, escrever esse post e trabalhar nessas fotos enquanto relembrava os bons momentos desse show. Espero vê-los em breve mais uma vez, quem sabe aqui em Jaraguá?
Tem mais fotos aqui nesse álbum no Facebook.