Pit stop em Mendoza
uando chegamos na rodoviária de Mendoza entramos em contato com o Léo (que conhecemos em Puerto Natales e depois encontramos novamente em El Chaltén) que mora lá e conseguiu um lugar pra gente ficar. Fomos caminhando até uma praça onde encontramos ele e um grupo de amigos, quase todos já tinham feito uma grande viagem ou estavam viajando naquele momento, foi um papo muito bacana e adicionamos mais alguns lugares na lista de “queremos conhecer”.
Um dos amigos que conhecemos naquele momento foi o Nico, na casa dele que ficamos durante os dois dias que estivemos em Mendoza. Ficamos apenas dois dias porque já estávamos ficando sem tempo, o dia do retorno já estava se aproximando! E como pretendíamos ir de carona de Mendoza a Buenos Aires, preferimos não arriscar. A primeira coisa que pensamos quando viemos para Mendoza foi que teríamos que visitar as vinícolas, mas pela falta de tempo também resolvemos deixar isso para uma próxima viagem também, junto com os trekkings bem bacanas que os vilarejos ao redor oferecem.
Na primeira noite passeamos nos arredores do bairro onde Leo e seus amigos moram, foi uma noite de festa! Jantamos juntos e depois fomos todos para a casa de Nico. Nosso quarto ficava na garagem, onde tinha uma cama já prontinha pra nós, todos entraram na garagem, pegaram instrumentos musicais e ficaram tocando e cantando por horas. Estávamos começando a ficar exaustos, o dia tinha sido puxado pois passamos sete horas viajando. Acabamos nos aconchegando na cama e dormindo, enquanto eles tocavam. Não vimos a hora que eles saíram, não ouvimos quando a música parou, acordamos no outro dia e estávamos só nós dois na garagem.
Como já tínhamos que ir até o centro da cidade pra resolver um problema com nosso voo de volta, decidimos dar uma passeada pelo centro e conhecer o Parque General San Martín que ficava próximo dali. Na verdade não tão próximo assim, mas percorremos todo o caminho de ônibus então foi bem tranquilo. Chegando lá encontramos um quiosque de aluguel de bicicletas e foi a tentação do momento. Era um pouco caro, mas resolvemos topar, fazia muito tempo que não a gente não pedalava. Pagamos AR$ 100,00 (Aprox. R$25,00) por 1 hora para as duas bikes e percorremos o parque todo.
O parque é muito bem estruturado e encontramos muitas pessoas aproveitando o espaço, mesmo sendo uma quarta-feira à tarde haviam muitas pessoas caminhando, pedalando e remando na lagoa que tem lá. Foi um passeio bem diferente e valeu a pena. Depois do parque, passamos num mercado ali pertinho para comprarmos algo para a janta e pegamos um ônibus de volta para a casa do Nico. Passamos o resto da noite organizando as mochilas porque queríamos partir cedo. No outro dia tomamos um café rápido, nos despedimos de Nico e sua mãe e fomos para a beira da estrada novamente.
A carona de Mendoza até Buenos Aires não foi fácil, mas também não foi nada comparado ao que passamos na Ruta 40. Levamos quase um dia para fazer o percurso, pegamos 2 caronas mais curtas e 2 longas, de caminhão. Por incrível que pareça, até então não tínhamos pegado carona em caminhões, mas fechamos com chave de ouro. A última carona foi a mais longa e foi na qual passamos a noite, chegamos em Buenos Aires no início da manhã, aguardamos descarregarem o caminhão numa distribuidora na entrada da cidade e depois disso o motorista nos deixou bem próximo da estação de trem, onde iríamos embarcar para ir até a casa dos pais do Juan (que conhecemos na casa do David, em Coyhaique), nossa casa em Buenos Aires.