Circuito em Torres del Paine – Dia 7
ia 7 – 8km – Acampamento Los Perros > Acampamento Paso
Acordamos sabendo que tínhamos pela frente um dos pontos mais difíceis da trilha pra encarar durante o dia, mas estávamos muito confiantes, nosso ânimo tinha aumentado e muito desde o quinto dia. As mochilas estavam ficando mais leves, tínhamos tido uma noite ótima, estávamos bem descansados e o clima também estava relativamente bom. Tudo estava a nosso favor.
Acordamos cedo, tomamos um bom café, desmontamos tudo e partimos. A trilha começava por um bosque não muito fechado até chegarmos no longo trecho de pedras que seria o final de nossa subida. A subida não era fácil, mas nosso psicológico estava muito bem e nos sentíamos bem preparados, isso ajudou muito, nos concentramos e procuramos manter um bom ritmo durante todo o percurso.
Quando chegamos no topo foi uma sensação de conquista enorme, talvez o maior momento “conseguimos” de toda a aventura. A vista que se tem do Glaciar Grey de lá é simplesmente inexplicável, a imensidão de gelo que se perde de vista e ao mesmo tempo está tão próxima, foi um momento muito especial. Outra sensação absurda era o vento, era simplesmente fora de sério, tinha que se caminhar praticamente inclinado pra conseguir seguir em frente, uma jaqueta corta-ventos aqui é praticamente indispensável.
Começamos a descida para o outro lado em uma espécie de escada com degraus muito altos, que acaba forçando bastante os joelhos, nessa hora agradecemos muito por termos comprado os bastões de caminhada em Punta Arenas, nos saíram muito baratos e ajudaram muito.
Nesse momento concluímos que fazer o circuito no sentido horário não parece uma boa ideia, pois a subida nesse sentido parecia ser muito ruim e ao chegar lá em cima não se tem a mesma sensação de cruzar o topo e dar de cara com o glaciar, o que pra nós, foi algo muito especial. Isso somado com de alguns outros pontos de rota que já havíamos discutido entre nós anteriormente concluímos que havíamos feito, de fato, a melhor escolha.
Chegamos cedo no acampamento, nos encontramos novamente com Maria e Francisco e ficamos o resto do dia conversando, relaxando e observando o glaciar enorme se estendendo em nossa frente. Alguns dizem que sete é um número de sorte, não é?! Pois bem, eu não acredito muito nisso, mas nosso sétimo dia foi algo meio místico, com certeza.