Psicodália 2017 – Dias 3, 4 e 5

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Psicodália 2017 – Dias 3, 4 e 5

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m mês e meio depois e voltamos a falar do Psicodália. Confesso que gostaria de ter escrito esse post antes, mas uma infinidade de complicações aconteceram e nosso dia-a-dia com o trabalho e a produção dos vídeos para o canal está bem mais corrido do que imaginávamos. Recomendo a leitura do primeiro post e também os dois vídeos (dias 1 e 2 / dias 3, 4 e 5) que fizemos sobre o festival até agora.

O terceiro dia do festival começou de maneiras bem diferentes pra mim e pra Bruna. Ela levantou mais cedo e foi num passeio guiado por dois biólogos até a cachoeira. Durante o percurso eles explicaram muito bem sobre a vegetação do lugar, as peculiaridades do clima e de sua influência sobre o ecossistema dali da região. A trilha foi bem tranquila e o ritmo um pouco lento, pois o grupo era grande.

Psicodália 2017 - Trilha para cachoeira 01

Psicodália 2017 - Trilha para cachoeira 06

Psicodália 2017 - Trilha para cachoeira 05

Psicodália 2017 - Trilha para cachoeira 04

Psicodália 2017 - Trilha para cachoeira 02

Psicodália 2017 - Trilha para cachoeira 07

Psicodália 2017 - Trilha para cachoeira 08

Eu passei a manhã inteira com o restante do pessoal no acampamento, bebendo e conversando. Bruna, depois de um banho revigorante na queda da cachoeira, voltou pro acampamento e nos encontramos para o almoço. Devidamente alimentados, fomos para o primeiro show do dia: Luiza Lian. Apesar de um pouco curto, foi um show excelente! Luiza tem um timbre cativante e sua beleza e presença de palco fizeram com que ficássemos vidrados no show o tempo todo.

Psicodália 2017 - Show Luiza Lian 02

Psicodália 2017 - Show Luiza Lian 05

Psicodália 2017 - Show Luiza Lian 06

O restante da tarde foi bem tranquilo, retornamos pro acampamento e ficamos por ali praticamente durante a tarde toda. Perto do final da tarde, os batuqueiros do Maracatu Aroeira fizeram um baque no gramado próximo a entrada da lagoa, bem pertinho do nosso acampamento e, assim como no primeiro dia, fizeram um momento muito especial acontecer.

Psicodália 2017 - Maracatu Aroeira 01

Psicodália 2017 - Maracatu Aroeira 02

Psicodália 2017 - Maracatu Aroeira 03

Como comentei no primeiro post, o Psicodália foi cheio desses momentos “surpresa”, onde coisas que não estavam na programação oficial simplesmente aconteciam, o pessoal começava a se movimentar, as pessoas iam chegando pra ver o que estava rolando e, de repente, você se via dentro de um espetáculo. Sinto que poderíamos ter aproveitado bem mais a pluralidade cultural do festival, ter ido mais vezes ao teatro, ao cinema e às várias oficinas. Mas ao mesmo tempo eu voltava àquele pensamento: “não se pode ter tudo, não vou conseguir me dividir em três aqui e aproveitar mais o festival”, seria física e psicologicamente impossível absorver tanta informação, cultura e boas vibrações.

Começamos a noite do terceiro dia com um show sensacional de Francisco, El Hombre, grupo que até então eu não conhecia e desde lá tenho ouvido feito maluco. Com um ritmo contagiante e composições que instigam, e muitas vezes até incomodam, quem está ouvindo. Recomendo muito, mas não quero me estender muito aqui porque quero fazer um post separado sobre o som deles.

Depois veio o show do Ney Matogrosso, uma das atrações mais esperadas por mim (e por muito mais gente, com certeza) e confesso que fiquei com a impressão de que foi um show mediano. Obviamente essa opinião (assim como boa parte das coisas que falamos aqui no ANH) é apenas minha e é altamente influenciada pela minha expectativa, meu humor no dia, meu cansaço, entre outras coisas. O show pareceu um pouco frio, metódico, um estilo bem diferente do que estávamos vendo dos outros artistas que estavam se apresentando no Psicodália. Outro ponto a ser considerado é que era um show com a maioria das músicas do último álbum, que nem eu nem Bruna conhecíamos.

Resumo do resumo: vimos o show bem distantes do palco, porque por ser um dos shows mais esperados, obviamente era um dos que estava mais cheio, depois de uns 20 minutos nos cansamos, sentamos na tenda ao lado de onde ainda podíamos ouvir o show e dormimos. Simples assim, dormimos num dos momentos que até então achávamos que poderia ser o “ápice” do Psicodália e foi longe disso. Tomei uma bela lição sobre expectativa e depois disso voltamos pra barraca pra dormir. Fiquei meio chateado por não ter acordado pro show do Ian Ramil, uma das minhas grandes expectativas também, mas minha noite de sono excelente me confortou muito bem.

Psicodália 2017 - Marquito no acampamento

Psicodália 2017 - João no acampamento

Psicodália 2017 - João no acampamento

Psicodália 2017 - Gui no acampamento

Psicodália 2017 - Diego 02

Psicodália 2017 - Programação

Psicodália 2017 - Intervenção-Pintura

O quarto dia foi bem parecido com o terceiro. Fomos até o palco Lunar para alguns shows durante a tarde, vimos uma parte do show do Bernardo Bravo e quase todo o show de Perotá Chingó (outra grande descoberta sobre a qual vamos falar em outro post). Passamos boa parte do restante do dia nos arredores do acampamento conversando e à noite fomos até o palco Lunar para os shows de Iconili, Erasmo Carlos e Confraria da Costa.

Peço desculpas por não ter imagens de nenhum desses três shows porque eu simplesmente abandonei a câmera pra aproveitar melhor o momento. Talvez se eu tivesse que escolher a melhor noite do Psicodália eu provavelmente escolheria essa. Foram três shows simplesmente sensacionais. Iconili é uma banda instrumental que iniciou a noite com tudo, os metais jogaram o astral de todo mundo pra cima e Erasmo Carlos segurou a bola e fez um show extasiante. Trouxe todos os grandes clássicos e a galera cantou junto do início ao fim. Nossa noite fechou com Confraria da Costa e seu rock pirata. Fizeram uma apresentação com uma interação sensacional com o público. Pra não dizer que não temos nenhuma imagem dessa noite, a Bruna clicou alguns malabaristas que estávamos vendo durante o show do Iconili.

Psicodália 2017 - Malabares e Psicodelia 12

Psicodália 2017 - Malabares e Psicodelia 11

Psicodália 2017 - Malabares e Psicodelia 09

Psicodália 2017 - Malabares e Psicodelia 06

Psicodália 2017 - Malabares e Psicodelia 05

Psicodália 2017 - Malabares e Psicodelia 02

Psicodália 2017 - Malabares e Psicodelia 0

Na terça-feira, quinto dia do festival já se podia notar que algumas pessoas já haviam ido embora, o número de espaços vazios entre as barracas definitivamente estava aumentando. Alguns estavam fazendo bate e volta, indo trabalhar durante o dia e voltando só para os shows da noite. Volta e meia esses sinais traziam à nossa cabeça o pensamento: “está acabando…”

Constantemente eu tinha que voltar ao lema que estabeleci à mim mesmo no primeiro dia do festival: aproveitar o momento e não se preocupar com o amanhã.

Nesse quinto dia durante a tarde tivemos o grande prazer de conhecer o Versos que compomos na estrada, experiência que eu contei melhor nesse post bem especial aqui. E depois eu, Gui e Marquito fizemos a trilha até a cachoeira que Bruna havia feito no terceiro dia. Como você pode ver pelas fotos aí em cima, o lugar é bem bonito e o banho na água gelada da cachoeira é, de fato, revigorante. Voltamos com as energias recarregadas para os shows da última noite: Céu e Central Sistema de Som convida Gerson King Combo. Ambos os shows foram muito bons.

Conheço pouquíssimo de Céu, mas sabia que era um dos shows mais esperados pela nossa galera e foi um momento realmente contagiante, o carisma dela é sensacional e o som estava simplesmente perfeito. Depois veio Central Sistema de Som e também representou com um show muito animado e pra cima. Soul, muito funk e a presença de Gerson King Combo pra abrilhantar a noite.

Psicodália 2017 - Show Céu

Psicodália 2017 - Show Central Sistema de Som e Gerson King Combo 2

Acordamos na quarta-feira e sabíamos: “era hora de se despedir“. Boa parte do acampamento já havia sido desmontado durante o dia anterior e quando acordamos já começamos a organizar o restante das coisas para transportar tudo até o carro. Neste momento restávamos no acampamento apenas eu, Bruna e Marquito e em um clima meio triste, meio reflexivo fomos carregando as coisas pouco a pouco até o carro.

Havia sido uma experiência quase que inexplicável. Grandes momentos, rodeados por pessoas incríveis e imersos num ambiente de natureza, arte, informação, cultura e muitas boas vibrações.

Ainda espero escrever mais sobre o Psicodália, alguns shows específicos, algumas reflexões, sustentabilidade e a preocupação ecológica do festival, enfim, realmente tem muito conteúdo. Mas não quero prometer prazos pra isso tudo, porque como comentei no início do post, está realmente complicado conciliar a produção de conteúdo pro blog, pro canal e pras outras redes sociais e ainda alinhar isso com nossa vida pessoal. Bom, é isso aí, seguimos firmes e fortes e, se você gosta do conteúdo que produzimos não deixe de curtir, comentar, compartilhar, mostrar pra mãe, tia, vó; seu feedback é importante e ajuda a manter a gente animado pra seguir trabalhando nisso. Se quiser ajudar mais ainda, dá um pulo na loja e compra um pôster! :]

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