- Diário de Bordo, Filosofia

De Coyhaique a Rio Tranquilo, uma estrada e muitas lições

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osso novo amigo David havia nos deixado próximo à saída da cidade de Coyhaique e dali seguimos nossa jornada de 5 caronas até nossa próxima parada que seria em Puerto Rio Tranquilo. Mas confie em mim, a aventura das caronas não foi nada comparada a enorme lição de vida que tomamos no final do dia.

Na primeira das caronas fomos em uma caminhonete com um senhor argentino que tinha como hobby a pescaria e ia para um lago perto dali. Ele nos deixou num cruzamento mais a frente, mais ou menos 30 minutos da saída de Coyhaique.

O caminho até ali já tinha sido lindo e estávamos empolgados com a carretera. Fomos caminhando e um pouco mais a frente já demos de cara com uma grande cascata do lado da rodovia, ficamos boquiabertos. Realmente seriam paisagens de tirar o fôlego as que iríamos encontrar na famosa Carretera Austral. Agora estávamos em um lugar com montanhas e muito verde, sem o vento que nos perseguiu em outras partes da Patagônia. As cascatas e os lagos apareciam sempre majestosos e havia uma nova surpresa a cada curva. Realmente uma estrada que vale a pena.

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Couchsurfing, comida boa e descanso na capital Coyhaique

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oyhaique é uma cidade realmente linda. A arquitetura, as ruas estreitas e o estilo das pessoas confirmam que você está em uma cidade pequena, mas não se trata de um povoado como a maioria que se encontra na Carretera Austral, afinal ela é a capital da região de Aysen e isso te traz alguns benefícios, como um supermercado grande, várias hospedagens, casas de câmbio e diversas lojas a disposição.

Como não pensávamos mais em ir a Coyhaique nós não tínhamos feito nenhum contato de Couchsurfing, então chegamos lá e uma das primeiras coisas que fizemos foi procurar um lugar com internet para que pudéssemos fazer isso. Nos dirigimos até a praça central da cidade e lá (assim como em várias cidades que percorremos no Chile) havia sinal aberto, disponibilizado através de um programa do governo e era bom o suficiente para que pudéssemos enviar as mensagens.

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De carona eu vou, pra onde você for

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aímos de Puerto Deseado ainda sem acreditar muito no que tínhamos passado nos últimos dias. A hospitalidade de Andres com três pessoas que ele conheceu na beira da estrada surpreende até a nós que estamos nos acostumando a sermos bem recebidos por pessoas que acabamos de conhecer.

Depois de comprar alguns suprimentos no supermercado, como pão, biscoitos e macarrão, nos dirigíamos à saída da cidade para voltar a pedir carona, agora mais animados por estarmos em um lugar mais movimentado e com uma decisão tomada: não faríamos mais a Carretera Austral. Desistimos dessa parte importante da nossa viagem para não termos de passar novamente por um trecho pouco movimentado, correndo o risco de passar longos dias na estrada outra vez, assim iríamos direto para Esquel, na região dos lagos ainda na Argentina. Uma caminhonete logo nos levou mais adiante, onde havia um trevo de saída, lugar perfeito para conseguir falar com alguém que fosse para as cidades vizinhas.

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Caminhamos, mas às vezes corremos!

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em as mochilas pesadas e com o fôlego renovado pelas belíssimas paisagens muitas vezes aumentamos o ritmo e deixamos a calma caminhada de lado, colocamos um bom som nos fones de ouvido e apertamos o passo. Na volta da Laguna Sucia eu estava animado e lembrando de muitas coisas do Brasil ao som do Rappa, nada mais justo que eles fossem a trilha sonora para esse vídeo.

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A aventura na estrada que nos levou a uma nova Patagônia

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osso planejamento terminava em El Chaltén, ou seja, quando saímos do Brasil só tínhamos estudado o caminho das cidades desde Ushuaia até ali, daí pra frente iríamos descobrir enquanto estivéssemos viajando. Muitas pessoas nos deram dicas de onde passar durante a viagem e quando saímos da cidade isso era tudo o que tínhamos, mas não imaginávamos que a Patagônia ainda nos reservava uma grande aventura.

Como já falamos, Chaltén é uma cidade bem pequena e estávamos em um camping próximo da saída da cidade, então acordamos, tomamos um café reforçado, arrumamos as mochilas e fomos até lá. Já deixamos separadas algumas comidas prontas (biscoitos, pão e barras de cereal) em um local de fácil acesso, pois sabíamos que era uma rota de pouco movimento, então poderíamos ficar ali por muito tempo.

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El Chaltén – Combo: Laguna Sucia, Laguna Piedras Blancas, Lagunas Madre y Hija e Laguna Capri (ufa!)

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 quinta noite em El Chaltén talvez tenha sido a mais fria que passamos dentro da barraca. Acordamos diversas vezes com frio e passamos todo o tempo arrumando o saco de dormir de forma que ficasse o mais fechado o possível. Ainda assim, o equipamento deu conta, mesmo sem estarmos vestidos com muita roupa.

Depois de um dia inteiro de descanso estávamos prontos para encarar todas as trilhas que tínhamos planejado. E como tínhamos muitos bons pontos por perto, o dia prometia. Começamos com a Laguna Sucia, que nos surpreendeu de verdade. Primeiro que o nome não faz jus ao que ela é: uma lagoa límpida, de tom azulado. Segundo que ela é menos conhecida que a Laguna de Los Tres, mas a vista que proporciona da montanhas é muito mais impressionante, pois elas parecem nascer dela, dando a impressão de estarem muito próximas.

O caminho até lá alterna entre trilha no bosque e caminhada subindo sobre as pedras que margeiam o rio. Ao final, apenas pedras, onde precisamos fazer uma pequena “escalaminhada” até chegarmos. Uma hora de caminhada (só ida) que vale muito a pena.

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El Chaltén – Acampamento Poincenot e Laguna de Los Tres

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epois de uma boa noite de sono, no nosso quarto dia em El Chaltén decidimos fazer uma famosa trilha, que leva ao acampamento Poincenot e de lá, a várias lagunas e mirantes. A primeira precaução dessa vez foi deixar algumas coisas no locker do hostel e subir um pouco mais leves, com comida apenas para os três dias que passaríamos lá e somente o necessário para acampar. Foi a melhor decisão que tomamos.

O início da trilha fica no final da cidade, quando termina a rua principal (mas estamos falando de El Chaltén, então as distâncias são curtas e podemos fazer tudo a pé, tranquilamente). No meio do caminho vimos um restaurante vegetariano do outro lado da rua e decidimos comer alguma coisa ali. Apesar de restaurantes serem raros em nossa viagem, o preço ali estava bom e compensaríamos o gasto pois ficaríamos três dias acampando. El Chaltén surpreendeu pela variedade em comida vegetariana. Além desse restaurante especializado, vários outros traziam em seus quadrinhos expostos opções de menu vegetariano. O nome do restaurante que fomos é Prana Bar Natural, com um ambiente pequeno e super aconchegante, comida bem temperada, carregada no curry e porções generosas, valeu a pena.

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Chegada a El Chaltén e Trekking Laguna Torre

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ossa estadia em El Calafate estava sendo maravilhosa, mas tínhamos que seguir em frente e a próxima cidade prometia. El Chaltén tinha sido recomendada por várias pessoas e tínhamos vistos muitas imagens lindas do povoado e do famoso Fitz Roy, a mais alta das montanhas que circunda a cidade com seus 3.375 metros de altitude.

Fomos até a saída de Calafate e esperamos por aproximadamente duas horas e meia até que conseguimos uma carona que ia direto até El Chaltén. Nosso motorista era Rodo (de Rodolfo, mas ele nos disse que era por tanto rodar pelas estradas da América do Sul) e ele dirigia sua querida “Argentina”. A viagem foi maravilhosa, o caminho é muito bonito mesmo e o clima estava perfeito. Além disso, fomos conversando sobre a vida, o universo e tudo mais, parecíamos nos conhecer há muito tempo. Foi um percurso muito marcante, talvez um dos melhores que tenhamos feito entre uma cidade e outra aqui.

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El Calafate e o Glaciar Perito Moreno

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 cidade de El Calafate enche os olhos. Tudo lá é lindo e parece que foi construído sob medida ao gosto do turista. O centro é pequeno, mas cheio de lojinhas e restaurantes bem decorados. As ruas são largas e bem arborizadas, com calçamento ao invés de asfalto, o que as torna mais aconchegantes. É claro que é uma cidade cara, afinal como dissemos, tem o turismo nas veias e cresceu com ele. Se há dez anos era um povoado com menos de 5 mil habitantes, hoje esse número cresceu para mais de 25 mil.

A cidade possui ainda um anfiteatro, construído no ano passado e inaugurado esse ano na tradicional Festa do Lago, que reúne milhares de pessoas para assistir as apresentações de artistas conhecidos em todo o país. Ao redor do anfiteatro, muito verde em uma praça grande e muito bonita, vale um passeio.

Quem nos recebeu em El Calafate foi o Willy, que conhecemos através do Couchsurfing. Extremamente prestativo e excelente cozinheiro, nos tratou como reis. Willy segue a filosofia Straight Edge que, entre outras coisas, preza por valores de não violência, não consumo de álcool e outras drogas e respeito aos animais, portanto, vegetarianismo. É claro que passamos horas conversando sobre esses temas, além de música (hardcore em especial), que é sua paixão.

Conhecemos sua filha de 5 anos, seus pais, irmã, cunhado, sobrinhas… E jantamos um delicioso risoto em família. Todos nos receberam super bem e seus pais nos fizeram companhia no passeio ao Perito Moreno.

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Dia difícil para a carona – 280km em 12 horas

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ossa experiência pegando carona (ou “haciendo dedo” como dizem por aqui), está sendo muito positiva, tanto na Argentina quanto no Chile. Diferente do Brasil, aqui a prática é muito utilizada e segura. Os habitantes locais tem o hábito de levar os viajantes e se sensibilizam quando vêem nossas pesadas mochilas.

Para nós que estamos na estrada é uma mão na roda, afinal o valor das passagens de ônibus é alto e isso faz toda a diferença no nosso custo diário, então passamos a usar sempre a carona como meio de transporte.

De Puerto Natales a El Calafate, o plano era o mesmo: ir para a beira da estrada e esperar. São 280km, passando pela fronteira. O trajeto, que deve demorar cerca de 3,5h para nós levou o dia inteiro. Durante 12 horas estivemos na estrada, entre caronas e esperas, com 6 carros diferentes e chegamos ao final do dia em El Calafate.

Sabíamos que dificilmente conseguiríamos uma carona direto, já que teríamos de passar a fronteira, então sempre que um carro parava, mesmo não indo para o nosso destino, se fosse até a próxima bifurcação, entrávamos. 

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