
Home, um documentário que tem algumas verdades pra te falar
á havíamos ouvido falar muito bem a respeito do documentário Home, assim como a série de documentários mais recente do mesmo diretor/produtor: Human. Mas até então não o havíamos assistido, resolvemos fazer isso essa semana e não podemos deixar de elogiá-lo.
Yann Arthus-Bertrand é um fotógrafo, jornalista, repórter e ambientalista francês que no início de sua carreira tinha o foco em fotografia de animas, mas depois deu uma guinada e passou a trabalhar mais com fotografias aéreas. E falando do Home em si, ele foi todo produzido com tomadas aéreas ao redor de praticamente todo o nosso exuberante e lindo planeta.
O documentário transmite um pouco da história de como é a vida em nosso planeta desde o início dela e de como foi e está sendo o processo de transformação dessa vida até hoje. Pode parecer forçado, mas não posso deixar de fazer um paralelo com o nome do nosso projeto, A Natureza Humana, para mim, o filme traduz um pouco dessa essência.
Home mostra o processo natural da formação do nosso planeta, do que existia quando ainda não havia vida, do início dela, da transformação dessa vida através das plantas e dos outros animais e finalmente até o momento em que chegamos nós, humanos. E é nesse momento que a crítica do filme aparece.
A partir do momento em que chegamos ao planeta começamos o nosso caminho de “evolução” até o estado que nos encontramos hoje, onde boa parte de toda a beleza e exuberância do planeta que eu citei lá no início do post já foi devastada por nós.
O filme faz essa crítica ao sistema de consumo moderno, onde a maioria da população está consumindo bens supérfluos, uma minoria luta por subsistência passando por dificuldades extremas e enquanto tudo isso ocorre o planeta aparentemente ruma para um destino não muito agradável.
E de uma forma simplista (talvez até demais) vou resumir isso tudo em apenas uma palavra: consumo. Toda essa degradação do planeta, grande parte dos desastres “naturais”, a essência da desigualdade social, as grandes guerras e os problemas sociais que vem juntos com elas. Tudo isso está relacionado ao consumo e, quer você queira ou não, você e eu fazemos parte disso.
E não, não vou dizer para você deixar de consumir. Quem me conhece um pouco melhor sabe que não sou contra o consumo de forma geral, que sou a favor do desenvolvimento tecnológico e de boa parte das maravilhas do mundo moderno. O grande problema em si não é o consumo, mas o consumo inconsciente. O consumo pelo simples fato de consumir. O consumo por impulso. O consumo que nos é vendido e que a gente nem percebe.
Por isso minha mensagem é simples, mas te juro que é muitíssimo eficaz. Para cada conta que você paga, para cada real que sai do seu bolso, tente refletir de onde ele veio e para onde ele vai. Quantas pessoas foram necessárias para produzir o que você está consumindo, quanta energia foi demandada para produzi-lo e para chegar até você e, por final, como ele vai ser descartado.
Consumo consciente é a chave. Pesquise mais sobre o que consome, sobre as empresas que fabricam o que você vai consumir (você concorda com os ideais deles?), dê preferência à alternativas locais e de menos impacto e principalmente se pergunte se você precisa mesmo daquilo que vai consumir. Nós temos a faca e o queijo na mão, nós controlamos boa parte da demanda do mercado, não se esqueça disso. Toda ação tem uma reação, você faz parte do todo, não negligencie essa responsabilidade.