Circuito em Torres del Paine – Dia 4
ia 4 – 23km – Acampamento Torres > Base de las Torres > Acampamento Chileno > Hotel las Torres > Acampamento Serón
Às 04:45h despertamos, queríamos chegar na base das torres às 06:15h no máximo e entre o acampamento e a base tínhamos uma estimativa de uma hora de caminhada, então era melhor acordar mais cedo e garantir do que perder o momento do nascer do sol. Ainda assim, a mesma chuva que havia começado na noite anterior persistia e não foi muito animador pra sair da cama.
Comemos só algumas frutas secas e partimos, não arrumamos nada na barraca, apenas pegamos a mochila pequena, as lanternas e saímos. A trilha não era difícil, mas fazer uma trilha que não se conhece, numa condição climática ruim e durante a noite não era uma missão nada fácil.
A trilha é razoavelmente íngreme, começa em um bosque e mais ao fim é de pedras que se estendem até a beira do lago na base das belas torres. Quando saímos do bosque e ficamos nessa parte aberta sentimos mais a chuva e o vento e o frio começou a bater.
No final da subida o céu começou a clarear e já não se tinha um breu total a frente, o que foi muito bom na parte final da trilha pois ela fica um pouco mais confusa. Quando olhamos para o vale nas nossas costas tivemos uma vista linda, com o horizonte começando a clarear e uma trilha de pequenas luzes pelo caminho onde passamos, eram as lanternas de outras pessoas que saíram depois de nós do acampamento, foi nosso primeiro grande vislumbre do dia.
Quando avistamos a lagoa ficamos maravilhados, é realmente uma vista linda mesmo sem podermos avistar as torres completas devido ao mau tempo. Enquanto Bruna achava uma pedra maior para se abrigar do vento e da chuva eu me dediquei a encontrar um bom lugar para deixar a câmera gravando o timelapse. Tinha um saco plástico normal, desses transparentes, improvisei uma capa de chuva pra ela e me certifiquei que o tripé estivesse bem firme para que o vento não o derrubasse. Depois me juntei a Bruna.
Nesse meio tempo o restante das pessoas foram chegando e o céu foi clareando cada vez mais. Agora que estávamos parados há algum tempo nosso corpo havia esfriado e começamos a sentir muito frio. A chuva não era muito forte, mas o vento piorava bastante a sensação térmica. Conversando com outras pessoas no lugar, ouvimos um comentário de que algumas pessoas já estavam começando a voltar por causa do frio, já que o clima não prometia melhorar.
Nós esperamos, não tão pacientemente, com frio e reclamando de tudo, mas esperamos. E quando o sol iluminou o início dos montes e começou a brilhar no horizonte valeu cada segundo. Foi um êxtase inexplicável. Se unindo com a chuva e a névoa do lugar ainda nos deu de presente um arco-íris belíssimo e um “quase double rainbow”!
Enfim, nos rendemos ao frio e começamos a descer. Chegamos ao acampamento e fomos tomar café. Descobrimos como era arco-íris em muitas línguas, pois todos estavam comentando sobre isso, havia sido algo totalmente mágico e as expressões nas caras das pessoas não era diferente. Depois disso desmontamos o acampamento e seguimos nosso caminho para o resto do dia, afinal de contas, ele não seria curto.
Durante todo o dia seguimos com a chuva e o vento batalhando com o sol. Algumas vezes o sol brilhava forte, em alguns momentos a chuva ganhava e o frio apertava. Boa parte do caminho do dia era de paisagens que já havíamos visto no dia anterior e depois, na parte do Hotel até o acampamento Serón, o caminho era quase “comum”, uma trilha por entre bosques e também por trechos descampados mais abertos, era belo, mas comparado com as outras paisagens do parque, nem tanto. Isso, juntando com a chuva que volta e meia incomodava me fez deixar a câmera guardada por quase todo o percurso.
Chegando no Campamento Serón estávamos bem cansados e a vista para o acampamento não foi nada promissora, era bem pequeno e, por ser um campo aberto, estava muito suscetível ao vento. De qualquer forma, aqui não tínhamos outra opção, então começamos a armar a barraca. Depois começamos a preparar a janta e conhecemos o casal de chilenos Maria e Francisco, que se tornaram grandes amigos, com certeza vamos relatar mais coisas com eles por aqui.
Antes de irmos dormir, vimos todos correndo pra um canto do acampamento e olhando todos para um ponto mais ao longe, fomos para perto pra descobrir o que se passava. Era um puma! Sim, tivemos um outro presente raro pra fechar o dia. Um presente porque estava longe, eu não estava nem um pouco afim de conhecer ele de perto.
Boa tarde. Poderiam me informar qual tripé utilizaram? Muito obrigada e parabéns pelo relato.
Olá Deborah! Tudo bem? O tripé que utilizamos é o Benro A-150EXU. Nós fizemos um post falando de todo o equipamento fotográfico que levamos para a viagem, se você quiser se aprofundar um pouco mais aqui vai o link: http://anaturezahumana.com/2015/10/review-equipamento-fotografico-canon-t3i-lente-tripe/
Um abraço! ;]
Muito obrigada pela pronta resposta, Diego! Gostei muito desse tripé. No entanto, tenho um benro T800EX. Ele é um pouco mais pesado, mas não sei se vale a pena trocar ele. Foda que me parece melhor um tripé como o seu, com ball-head. O que você acha? E esse modelo seu seria o mesmo que esse aqui: http://www.ekoban.com.br/kit-tripe-benro-modelo-a150fbr0-p726 ? Não achei no Brasil com a mesma nomenclatura que a sua. Mais uma vez obrigada e super parabéns! Eu e meu marido já estamos planejando uma viagem semelhante para o ano que vem se tudo der certo.
Grande abraço!
Olha, pelo que vi aqui a diferença dos dois vai ser de 400g aproximadamente. Vou te dizer que nessa situação eu não compraria outro tripé não, ficaria com o mesmo. Eu comprei esse tripé pensando na viagem, claro, mas também porque não tinha nenhum outro no momento, então já uni o útil ao agradável, mas na sua situação eu encararia a viagem com esse que você tem mesmo. Sobre a Ball head, ela ajuda sim, é bem prático pra corrigir o ângulo em terrenos acidentados, mas também acho que você se vira sem problemas com a cabeça de 3 estágios que é a do seu tripé, ainda mais que você já está acostumada com ele. Que ótimo! Se precisarem de mais alguma ajuda com o planejamento é só dar um toque. Acho que você já deve ter visto, mas aqui tem um post que fala um pouco de como foi o nosso planejamento, talvez ajude :] http://anaturezahumana.com/2015/01/como-planejamos-nosso-mochilao/
Um abraço!
Sim, a diferença de peso é bem pequena. Mas estamos num grande dilema pelo tamanho. Dobrados, a altura não varia tanto, mas pelo menos o diâmetro do nosso tripé dobrado está parecendo muito grande pra gente. Ele ocupa MUITO espaço na nossa mochila e não cabe no bolso lateral. Por isso pensamos se vale a pena tentar vender o nosso e comprar outro. O de vocês ocupava muito espaço?
Mais uma vez obrigada e desculpe tantas perguntas hehe
Abraços!
Oi!
Você sabe me dizer se é possível ir apenas até a base das Torres em um dia?
Outra pergunta, você fala dos campings gratuitos, neste caso, nós levamos todos os equipamentos e aí podemos acampar nas áreas demarcadas dos refúgios sem pagar nada a mais por isso?
Estou pesquisando bastante, mas não achei informações claras quanto a isso. Obrigada
Olá Dayane! Tudo certo?
Não sei se entendi muito sobre ir até a base das Torres em um dia, mas se você quer dizer se é possível ir direto da portaria Laguna Amarga até as Torres em um dia caminhando, é possível sim, mas é bem puxado. Sobre os campings gratuitos, são somente três campings durante todo o circuito (Italiano, Las Torres e Paso), os demais são todos pagos e sim, você leva todos os seus equipamentos e não paga nada pra acampar nesses três casos. Lembrando que não é possível acampar fora dos locais demarcados pelo parque, então você tem que montar sua rota já pensando em quais acampamentos você vai ficar.
Um abraço! :]